CALIGRAFIA
Caligrafia (do grego κάλλος kalli "beleza" + γραφή graphẽ "escrita") é um tipo de arte visual. É muitas vezes chamada de a "arte da escrita bela". Uma definição contemporânea da prática caligráfica é "a arte de dar forma aos sinais de uma maneira expressiva, harmoniosa e habilidosa". A história da escrita é uma evolução estética enquadrada dentro das competências técnicas, velocidade de transmissão(ões) e as limitações materiais das diferentes pessoas, épocas e lugares. Um estilo de escrita é definido como sistema de escrita, caligrafia ou alfabeto.
A caligrafia moderna varia de inscrições funcionais até criações utilitárias para magníficas obras de arte, onde a expressão abstrata pode tornar-se mais importante do que a legibilidade das letras. A caligrafia clássica difere da tipografia e da escrita manual não clássica, apesar de um calígrafo ser capaz de criar todos estes; os caracteres são historicamente disciplinados e ainda fluíam espontaneamente, no momento da escrita.
A caligrafia ainda costuma ser utilizada principalmente em convites de casamento e eventos importantes, no design de fontes, de logótipos, na arte sacra, no design gráfico, nos anúncios, em inscrições em pedra e em documentos memoriais. A caligrafia é também utilizada em propriedade teatral, em imagens em movimento para cinema e televisão, em certidões de nascimento e de óbito, em mapas e em outros trabalhos envolvendo a escrita. Alguns dos melhores trabalhos da caligrafia moderna são os utilizados em cartas régias e em cartas-patentes emitidas por monarcas e oficiais de estado em vários países.
Pode a letra de uma pessoa revelar sua personalidade e aptidão para um emprego? É o que afirmam muitos especialistas em caligrafia, os chamados grafólogos. E milhões de pessoas podem não conseguir um emprego devido a essa prática polêmica.
O psicólogo canadense Barry Beyerstein, autor de um livro sobre grafologia chamado “The Write Stuff”, explica: “Estranhamente, pessoas que zombam da astrologia ou da quiromancia ainda supõem que o estilo da caligrafia pode revelar alguma coisa sobre a nossa estrutura psicológica, já que a escrita é uma forma de comportamento expressivo. Como a escrita, as aptidões e a personalidade são controladas pelo cérebro, a sugestão de que estejam de alguma forma interrelacionadas não parece tão absurda”.
De fato, é exatamente essa correlação que os especialistas sustentam. “Cada variação de movimento é inconscientemente dirigida pelo cérebro, e por isso, o grafólogo pode avaliar o estado mental do escritor. Determinados sinais indicam força de vontade e intelecto, ou a intensidade de suas emoções, seus valores morais e vocação”, segundo o livro “The Complete Book of Fortune”. Portanto, para os grafologistas, uma página ou duas escritas à mão podem diferenciar um contador de um chef, um “pau para toda obra” de um preguiçoso, e um ladrão de um homem honesto.
Embora remonte ao século 19, a técnica ainda é utilizada em muitas situações, incluindo contratações de funcionários.
Segundo uma reportagem recente da BBC “em quase todo o mundo, o uso da grafologia na contratação é marginal. Mas na França — apesar da redução significativa da escrita à mão devido aos computadores — a técnica ainda resiste. É difícil encontrar funcionários confiáveis, e os próprios grafologistas afirmam que entre 50% e 75% das empresas recorrem à análise da caligrafia, mesmo ocasionalmente.
Por outro lado, muitas empresas francesas que usam a grafologia se recusam a falar abertamente sobre ela, porque a prática não é considerada suficientemente “moderna” ou “global”. O último estudo independente, de 1991, concluiu que 91% das empresas públicas e privadas da França faziam uso da análise grafológica. Se é verdade, então a estimativa atual de 50% pode não ser tão descabida”.
Além disso, o head-hunter Geoffroy Desvignes afirma que: “a cada ano, indico cem pessoas ou mais para cargos internacionais. Se a grafologia não funcionasse, seria tão evidente que eu perderia meus clientes. Mas eles continuam voltando”.
À primeira vista, o argumento faz sentido: se a análise grafológica não fosse válida, os clientes reclamariam e ninguém recorreria a ela, certo?
Nem tanto. Scott Lilienfeld, psicólogo da Universidade de Emory, descreve em seu livro “50 Great Myths of Popular Psychology” (50 grandes mitos da psicologia popular): “O conteúdo das cartas de apresentação é repleto de informações pessoais, como histórico profissional ou antecedentes criminais, e podem prever o desempenho no trabalho. Os grafólogos costumam analisar apenas a grafia de candidatos pré-seleccionados. A maioria das pessoas desse grupo já é qualificada para o trabalho”.
Portanto, o fato de que muitos ou a maioria dos candidatos selecionados (em parte) por grafólogos sejam bons funcionários não é tão significativo, já que as “maçãs podres” mais óbvias já foram descartadas e os candidatos recusados nunca tiveram a chance de demonstrar que eram melhores que os aprovados.
O fato é que os testes científicos têm falhado repetidamente em encontrar qualquer evidência de que a caligrafia revela a personalidade, temperamento ou funcionamento psicológico. Algumas pessoas brilhantes têm uma caligrafia impecável, outras, não. As pessoas mudam de carreira – e às vezes até de personalidade -, mas sua escrita permanece a mesma. Se a grafologia funcionasse, potenciais terroristas poderiam ser identificados e localizados antes mesmo de atacar, bastando apenas analisar sua letra.
A grafologia não é a única pseudociência utilizada por empregadores em diversos países. Em 2009, uma companhia de seguros austríaca procurou candidatos para cargos de gerência e vendas, e deu preferência aos nativos dos signos de Capricórnio, Touro, Aquário, Áries e Leão. Em 2011, uma empresa chinesa que também utilizava a astrologia para contratar funcionários estava contratando capricornianos, librianos e piscianos, mas não escorpianos e virginianos — que costumam ser de difícil convivência — segundo um porta-voz.
Para alguns, essas práticas de contratação parecem uma piada de mau gosto, já que candidatos qualificados podem ser recusados devido à crença de seus empregadores em uma pseudociência.
Dicas de caligrafia:
Grafologia
Por: Benjamin Radford/ Foto: iStockphoto
Fonte:
http://noticias.discoverybrasil.uol.com.br/a-caligrafia-pode-identificar-funcionarios-melhores/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caligrafia


Nenhum comentário:
Postar um comentário